segunda-feira, 28 de novembro de 2016

EXERCÍCIO & ATIVIDADE FÍSICA para crianças e adolescentes!


Sentar, levantar, caminhar para se deslocar de um lugar a outro, passear com o cachorro, subir escadas, lavar o carro, brincar, dançar, cuidar do jardim... Todas essas ações são exemplo de atividade física. Vale qualquer movimento corporal produzido pela musculatura que resulte em um aumento da frequência cardíaca e em um gasto de energia acima do nível de repouso.

É comum que muitas pessoas confundam atividade física com exercício físico. Atividade física é qualquer ação que tire a pessoa do repouso. O exercício físico é uma forma de atividade física planejada, repetitiva, com orientação profissional, que visa desenvolver a resistência física e as habilidades motoras. Natação, corrida, musculação, tudo isso é exercício físico.


A partir destes conceitos, podemos afirmar que todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício físico. O objetivo, a intensidade, o volume, o planejamento e a constância diferenciam um do outro. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que todas as crianças pratiquem pelo menos 1 hora por dia de atividade física de moderada a forte intensidade. A foto mostra a pirâmide de atividade física para as crianças, seguindo as recomendações da OMS. Seguem as explicações:

- Ociosidade (topo):
Diminua o tempo em frente às telas: TV, videogames, smartphones, computadores.

- Atividades de Lazer (esquerda):
Dançar, remar, ginástica artística (saltos e cambalhotas) - De 2 a 3 vezes por semana;

- Força e Flexibilidade (direita):
Alongamento, artes marciais, ginástica, dança, pular corda - De 2 a 3 vezes por semana;

- Exercícios Aeróbicos (esquerda):
Patinar, andar de bicicleta, andar de skate, nadar, correr, pular corda - De 3 a 5 vezes por semana, com tempo mínimo de 20 minutos ao dia;

- Atividades Recreativas (direita)
Vôlei, basquete, futebol, corridas (pega-pega) pequenas, queimada - De 3 a 5 vezes por semana por pelo menos 20 minutos ao dia;

- Quanto mais, melhor (base)

Todos os dias: Brinque fora de casa ou do apartamento, troque o elevador pela escada (os adultos devem acompanhar os pequenininhos), ajude a arrumar a casa ou o jardim, lave seu animal de estimação, guarde seus brinquedos, ande até a padaria (se a mamãe ou o papai deixarem) ou saia para um passeio (se a mamãe ou o papai deixarem) no parque ou na pracinha perto de casa. 

A indicação do tipo de atividade varia em cada faixa etária, de acordo com as peculiaridades de cada fase.

ATIVIDADE FÍSICA: 2 A 5 ANOS

Os pré-escolares ainda são muito imaturos para os esportes organizados. Crianças entre 2 e 5 anos ainda estão aprendendo os movimentos básicos e eles devem ser repetidos muitas vezes até que sejam aprimorados.

Durante o exercício físico as tentativas para executar os movimentos e gestos esportivos demandam muita concentração da criança. Além disso, nesta fase as crianças não conseguem manter a atenção por um longo período, o equilíbrio está pouco desenvolvido e a visão ainda imatura dificulta a percepção da velocidade de um objeto em movimento, como uma bola.

Aos três anos a criança é capaz de: pular com os pés juntos, pegar uma bola grande com o apoio do tórax, atirar um objeto sem direção, correr consegue correr para frente.

Aos quatro anos já é capaz de: pular num pé só, subir escadas atirar uma bola, pegar uma bola só com as mãos, correr para frente e para trás.
Para os pré-escolares os exercícios devem ser lúdicas e sem regras rígidas. A mesma atividade deve durar no máximo de 15 a 20 minutos.

São indicados: correr, rolar, rastejar, pular, girar, escalar, em ambientes diferentes como superfícies inclinadas, molhadas, com grama, lisas e esburacadas!

ATIVIDADE FÍSICA: 6 A 10 ANOS

Nesta faixa etária o ideal é que a criança experimente diversas modalidades esportivas, se possível ao mesmo tempo. Desta forma o escolar irá desenvolver várias habilidades motoras e cognitivas. Mais tarde a própria criança irá escolher o esporte que prefere.

Nesta fase as crianças são capazes de aprender regras, mas tem dificuldade em segui-las, assim, os jogos devem ser adaptados com regras mais flexíveis.

O esporte deve focar na aprendizagem de motora e emocional. É uma oportunidade para se aprender a resolver problemas em grupo, a lidar com emoções (como a raiva) e formar uma consciência de coletividade. Tudo isso de forma lúdica. Se divertir é fundamental!

Se o foco do exercício físico passa a ser a competição, a obrigatoriedade do alto desempenho, a diversão se transforma em stress, podendo levar a consequências físicas e emocionais, além de ser grande a possibilidade de desistência.

ATIVIDADE FÍSICA: ADOLESCENTE

A adolescência é o período entre 10 e 19 anos. Fase de muitas transformações físicas e psíquicas.

Além do aparecimento das características sexuais secundárias, outras mudanças físicas destacam-se:

1 – Estirão do crescimento

2 – Aumento da massa gorda, principalmente em meninas.

3 - Aumento de massa muscular, principalmente nos meninos devido aos altos níveis de testosterona.

4 - Ganho de massa óssea, momento de se prevenir a osteoporose no futuro.

5 – Redução da flexibilidade, já que o crescimento do esqueleto ocorre antes do crescimento de músculos e tendões.

Tanta mudança reflete nos exercícios físicos, claro!
A partir dos 10 anos o treinamento profissionalizante com mais de 6 horas de treino por semana pode ser iniciado. É importante respeitar os limites físicos do adolescente e sua vontade de seguir ou não neste caminho.

Recomenda-se que todo adolescente pratique algum esporte ou exercício que o agrade. Cabe ao próprio adolescente definir se quer ou não participar de competições. A família deve estar atenta ao uso indevido de suplementos e bebidas com estimulantes, além de orientar e fiscalizar o uso de equipamentos de proteção.


ATIVIDADE FÍSICA: DUVIDAS E POLÊMICAS!

Algumas perguntas sempre aparecem quando se trata de exercícios para crianças e adolescentes: Basquete faz crescer? Ginástica artística reduz altura? Ballet atrasa menstruação? Quando pode fazer musculação? Treinamento profissional tem risco?
Vamos tratar de todas!

A respeito do impacto dos exercícios no crescimento:

Para atingir a estatura adulta de acordo com seu potencial genético, muitos fatores estão envolvidos: ausência de doenças crônicas ou doenças agudas recorrentes, sono adequado, boa nutrição e atividade física.

Mas então porque os ginastas são baixinhos? Será que é porque a ginástica artística prejudica o crescimento? Ou será que é porque os baixinhos levam vantagens nos movimentos da ginástica artística?


 Existem evidências de que as duas correntes de pensamento têm um tanto de razão. Uma combinação de fatores faz com que praticamente só as pessoas de baixa estatura se tornem ginastas de elite!

  A ginástica artística exige do atleta força, agilidade, equilíbrio, flexibilidade, coordenação e habilidade corporal. As pessoas mais baixas são escolhidas pelos olheiros e treinadores por se adaptarem melhor ao esporte.

  Os movimentos acrobáticos tanto transversais como longitudinais são mais fáceis de executar para quem é menor. Alguns aparelhos também têm medidas determinadas e são melhor adaptados para os de baixa estatura!

Sem dúvida, os baixinhos levam vantagem para a prática da ginastica artística!

 É preciso deixar claro que diferentes modalidades esportivas não aumentam ou diminuem a estatura. O que acontece é que cada esporte beneficia um tipo físico, então os altos “por natureza” vão se dar bem no basquete, enquanto os baixinhos “por natureza” se adaptam melhor à ginástica artística.

 Quando o treinamento físico tem intensidade leve a moderada, ele estimula a secreção do GH (hormônio de crescimento) e ajuda a criança alcançar seu potencial genético. Esse nível de esporte é estimulado!


Mas será que a prática da ginástica faz as crianças crescerem menos? Qualquer atividade física se praticada em excesso pode prejudicar o crescimento. A ginástica particularmente, por cursar com grande impacto tanto em membros superiores como inferiores seria ainda mais prejudicial.

Nas extremidades dos ossos estão as placas de cartilagem de crescimento. Quando o exercício é exagerado, as placas sofrem com os impactos repetitivos e pode ocorrer a desaceleração do crescimento ósseo. Além disso, a exigência de peso dentro de limites muito estreitos leva o ginasta a fazer dietas de restrição calórica, o que pode induzir atraso puberal e a diminuição da mineralização esquelética.

Durante a atividade física, a contração muscular promove um aumento da formação óssea na região próxima aos locais onde os músculos se inserem, levando ao aumento da mineralização óssea. A massa óssea atinge 90% do seu pico no final da adolescência, sendo que um quarto do osso adulto é acumulado durante os dois anos de pico de velocidade de crescimento durante o estirão puberal.

Quando o esforço é extenuante e leva a impacto repetitivo nas cartilagens de crescimento, o exercício pode afetar o crescimento. 

Crianças que precisam repor o hormônio de crescimento (GH) e praticam esporte de nível profissional, de alto desempenho, podem não crescer bem mesmo com o uso da medicação. Após a redução da intensidade do treinamento essas crianças voltam a crescer com uma velocidade adequada, esperada para quem repõe o GH.


A prática esportiva na infância faz parte de uma vida saudável e equilibrada! Mas devemos tomar cuidado com excessos e/ou atividades sem supervisão.

O esporte MAL conduzido tem seus riscos. 
O esporte de alto desempenho cobra seu preço


O aparelho motor pode sofrer com traumas, fraturas, escoliose, tendinite, lesões musculares e até a temida osteocondrose (crescimento anormal dos ossos levando a deformidade). 

Do ponto de vista endocrinológico, o esforço físico exagerado altera o equilíbrio e função de diversos hormônios, o que reduz a velocidade de crescimento e atrapalha o ciclo menstrual. 

O stress de um treinamento excessivo aumenta os riscos do aparecimento de transtornos alimentares, distúrbios do sono e ansiedade. 

Já a prática BEM orientada traz benefícios são tremendos, como: 

*promoção de crescimento físico, 

*estímulo ao desenvolvimento psicomotor, 

*melhora capacidade cardiovascular, 

*efeito positivo no perfil lipídico (aumento HDL, bom colesterol, e *redução dos triglicerídeos), 

*melhora da sensibilidade à insulina, reduzindo risco de diabetes mellitus tipo 2, 

*incremento da massa óssea, prevenindo a osteoporose, 

*aumento de força e massa muscular e 

*desenvolvimento de habilidades sociais. 


Nem sedentarismo, nem exageros! Melhor seguir o ensinamento de Aristóteles que diz “A virtude está no meio”


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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

14/11 Dia Internacional do Diabetes: visão histórica


Hoje o portador de Diabetes pode comemorar a vida com qualidade. Desde que haja disciplina, conhecimento e orientação médica. 14/11 é sim um dia comemorativo! Apesar de ser uma doença complexa e ainda sem cura, a evolução no tratamento e aumento de qualidade de vida que ocorreram no último século é impressionante.


Antes do surgimento da insulina em 1922, o diagnóstico de Diabetes Mellitus do  tipo 1 era uma sentença de morte. O tratamento era uma dieta de inanição, e dois anos era o prazo médio de sobrevida para essa doença. 

A primeira referência ao Diabetes data de 1.500 AC, no Egito. O Papiro de Ebers, um dos Tratados Médicos mais antigos, foi o primeiro documento conhecido a fazer referência a uma doença que se caracterizava por emissão frequente e abundante de urina.



A doença foi batizada de Poliúria. Muito tempo depois, já no século II DC, na Grécia antiga, um discípulo de Hipócrates, Areteus, a chamou de Diabetes.

Areteus descreveu o problema da seguinte forma: "Uma afecção notável, não muito freqüente entre os homens, consistindo no derretimento dos membros e da carne em urina. Os pacientes não param de urinar, sendo o fluxo incessante, como a abertura dos aquedutos. O paciente tem vida curta. A doença lembra Diabetes (do grego diabetes significa passar através de um sifão), porque o líquido não permanece no corpo, mas usa o corpo como um reservatório." Depois vieram os indianos, os chineses e os japoneses a constatarem o doce da urina, quando observaram aglomeração de moscas e formigas em torno do líquido.

Mas só muito tempo depois, já no século XVII que tal descoberta foi realmente evidenciada, quando Willis na Inglaterra, bebeu um pouco de urina e a comparou com o mel. Daí veio o nome do latim: Mellitus.

O século XIX foi marcado pela descoberta dos tipos do Diabetes. Lanceraux e Bouchardat constataram que, em pessoas jovens, o Diabetes se apresentava de forma mais agressiva  do que em pessoas com mais idade. Nesses pacientes os sintomas eram menos severos e estavam ligados ao excesso de peso.

Em 1869, Paul Langerhans decreveu o que mais tarde ficou conhecido como “Ilhotas de Langerhans”. O termo “insulina” deriva da palavra “Insel”, ilhota ou ilha pequena em alemão.

Até a descoberta da Insulina, muitos tratamentos foram tentados, dentre eles o uso do Ópio e alimentação hipercalórica. Acreditava-se que era preciso compensar as perdas nutritivas que escapavam pela urina; e até o consumo de açúcar foi estimulado, na tentativa de fazer com que o paciente recuperasse o peso perdido.

Após a conclusão de que se tratava de um tratamento desastroso foi instituído exatamente o oposto: as restrições alimentares eram o caminho e os carboidratos deveriam ser abolidos da dieta.

A revolução no tratamento veio com a descoberta da Insulina, um dos maiores feitos da Medicina. Em 1922, os cientistas Canadenses Banting e Macleod experimentaram a substância em um garoto adolescente de 13 anos, um ano depois de terem extraído a insulina do pâncreas de animais. Esse paciente viveu até os 27 anos de idade.


A descoberta da Insulina rendeu o Prêmio Nobel de Medicina  a esses cientistas que o dividiram com Best e Collip, pela participação na descoberta. A próxima etapa era viabilizar a insulina a um grande número de pacientes com diabetes no mundo. E a seguir modificações na molécula de insulina que permitissem um tratamento mais parecido com a forma que a insulina é naturalmente secretada pelo pâncreas.

Em 2007, a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) considerou o Diabetes um grave problema de saúde pública mundial e orientou os países a realizarem ações de saúde pública para diagnóstico e tratamento da doença.

Nesta ocasião foi escolhida a data 14/11 como o dia Internacional do Diabetes. É a data de nascimento de Frederick Banting, um dos descobridores da insulina. Atualmente mais de 160 países comemoram a data.

Foi em 2007 que entrou em vigor, no Brasil, a Lei nº 11.347/2006, que trata da distribuição gratuita de medicamentos e insumos para o tratamento e controle dos diabéticos.

O símbolo da data é o círculo azul. O circulo representa a vida e a saúde, e o azul reflete o céu que une todas as nações.

 Nesta data várias ações ocorrem em todo o planeta, com o objetivo de alertar o mundo sobre o Diabetes. Promover a prevenção (quando possível) e o diagnóstico precoce.



Hoje os diabéticos somam 422 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 14 milhões de pessoas apenas no Brasil, cerca de 10% da população adulta. 12% de todos os gastos globais com saúde são para tratar o diabetes.

Os números são expressivos, mas ainda assim subestimados. Acredita-se que metade dos portadores de diabetes não sabe que tem a doença. O atraso no diagnóstico e consequentemente no tratamento aumenta muito as chances de complicações crônicas.

Os dados em crianças também são alarmantes: 1 a cada 7 nascimentos é impactado pelo diabetes gestacional, e 542 mil crianças convivem com o diabetes tipo 1, que tem aumentado em torno de 3% ao ano. A pandemia da Obesidade, somada ao sedentarismo tem aumentado o aparecimento de Diabetes Mellitus tipo 2 em crianças e adolescentes.

A hora de agir é agora! 

Fontes:
História da Medicina
Organização Mundial de Saúde
International Diabetes Federation
http://www.ncdrisc.org/

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Acidente com o Césio 137 tem marcas ainda hoje!

☢☢Há 29 anos ocorria em Goiânia o maior acidente radioativo do país, e o maior acidente do mundo ocorrido fora de usinas nucleares! Ainda hoje suas consequências são sentidas.



📚  As fotos mostram minha apresentação de um relato de caso, em setembro no Congresso Europeu e hoje no Latino Americano de Endocrinologia Pediátrica.

🔬🔬Esta pesquisa envolve o seguimento de um paciente com uma rara variante da Síndrome de Klinefelter, como resultado da formação alterada dos espermatozoide de seu pai, vítima do acidente com o césio ☢radioativo em 1987 em Goiânia!   

✅Onde hoje é o Centro de Convenções de Goiânia havia sido um Hospital até 1985. Com a mudança de endereço do Hospital, o antigo equipamento de radioterapia foi abandonado no interior de uma sala em ruínas. 🏵Em 1987 um carroceiro encontrou a cápsula que continha o Césio 137 e a repassou a um ferro-velho. O exterior era de chumbo e o material parecia ter valor de revenda.

☢☢Ao abrir a cápsula o césio radioativo foi liberado! O césio-137 estava na forma de pó, parecido com sal de cozinha, porém que brilhava em tons de azul quando no escuro. As pessoas ficaram encantadas com aquilo e foram compartilhar com familiares e amigos. Eles brincaram com aquela poeiratão mágica, passaram o pó pelo corpo, uma menina então com 6 anos chegou a ingeri-lo. Esta menina é Leide das Neves, a primeira vítima fatal do Césio-137, e símbolo deste terrível acidente.

☢☢A contaminação aguda pela radioatividade é devastadora! Causa danos graves à molécula de DNA, e diversos tipos celulares morrem, levando a comprometimento de todos os tecidos vitais! Se não houver a rápida descontaminação ocorre o ☠☠óbito em poucos dias.

No longo prazo a radiação também traz seus riscos, aumentando a ocorrência de diversas doenças como câncer. Outro problema é que a radiação pode atrapalhar na formação das células reprodutoras (gametas), levando a consequências para a geração seguinte.
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🤔🤓Como isso ocorre? Quais as consequências? 



Para que o zigoto seja formado normalmente é preciso ocorrer a união de um óvulo e um espermatozoide com exatamente a metade dos cromossomos de um indivíduo. É na união do material genético da mãe e pai que o novo ser então terá 46 cromossomos, sendo 2 sexuais. 46,XX para as mulheres e 46,XY para os homens.

🎯O processo normal de formação dos gametas é chamado de meiose funciona assim: a célula inicial que irá gerar os gametas possui 46 cromossomos. Antes de se dividir a célula duplica 2️⃣o material genético e depois se divide duas vezes. No final haverá 4 4️⃣células com metade dos cromossomos.

🔵No caso dos homens, o processo é chamado de Espermatogênese (veja a figura!) e cada espermatozoide irá conter um apenas um cromossomo sexual,  ou  Se a cada fase da divisão os cromossomos não se separam, os gametas formados podem vir com cromossomos a mais ou a menos.

🎯A presença de um cromossomo  a mais em meninos (47,XXY) é relativamente comum, acontecendo em 1 menino a cada 500!


No relato de caso que trouxe para o Congresso, o pai, exposto ao Césio-137 produziu um espermatozoide com 25 cromossomos, ao invés de 23! A criança recebeu 2 cromossomos a mais que o normal e ficou com 48 cromossomos, sendo 4 destes sexuais! 48,XXYY. Esta é uma situação muito rara e que traz enormes repercussões para a saúde.

🎯 O paciente em questão apresentou problemas hormonais, metabólicos, ortopédicos, renais, comportamentais, neurológicos e faleceu aos 24 anos devido a problemas cardíacos.


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😱